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O empresário e fundador da rede de lojas Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, foi denunciado nesta quarta-feira (11) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) por apropriação indébita de R$ 14 milhões.
De acordo com a denuncia, o valor, cobrado de clientes em ICMS, não teria sido repassado ao fisco estadual. O crime teria ocorrido entre 2012 a 2017.
Nunes não faz mais parte do quadro de acionistas da Ricardo Eletro, que atualmente pertence à Máquina de Vendas, controlada pela MV Participações.
Segundo o MP-MG, foram sequestrados pela Justiça mais de R$ 60 milhões em imóveis em nome de empresas da mãe e da filha de Ricardo Nunes. Os promotores afirmam que as investigações ainda vão prosseguir, com a finalidade de apurar outros supostos crimes de sonegação, praticados de 2017 a 2019, cujo montante seria de cerca de R$ 80 milhões.
Caso condenado, o fundador da Ricardo Eletro pode pegar até 3 anos de prisão em regime semiaberto. Os R$60 milhões sequestrados pela Justiça podem ser utilizados para ressarcimento ao erário.
Em julho deste ano, Ricardo Nunes foi preso em decorrência da operação Direto com o Dono, que investigava sonegação fiscal e lavagem de dinheiro na região metropolitana de Belo Horizonte.
Na ocasião, ele prestou depoimento ao MP-MG e foi liberado.
Laura Nunes, filha do empresário, e Pedro Daniel, superintendente da Ricardo Eletro, também foram alvos de mandados de prisão —revogados pela Justiça no mesmo dia.