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Na quinta-feira (22), o presidente interino da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que nada poderia ser pior para a questão fiscal do país do que manter a Selic em níveis desnecessariamente altos. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, como já era esperado pelos analistas, manter a taxa de juros em 13,75% ao ano. No entanto, houve frustração quanto ao comunicado duro emitido pelo Banco e à falta de indicação de início de cortes a partir de agosto.
Em entrevista com jornalistas, Alckmin fez críticas à decisão do Copom de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. Ele afirmou que cada ponto percentual dessa taxa representa um gasto de R$ 38 bilhões e destacou o impacto fiscal gerado pela manutenção deste patamar, indicando que cerca de metade da dívida pública do Brasil é afetada pela taxa Selic.
“Não há oposição do governo ao Banco Central, nem ao Copom. Agora, a crítica é importante. Qualquer instituição pública pode ser criticada, e eu queria dizer que esta manutenção da taxa Selic não prejudica apenas a atividade econômica. Na medida que inibe investimento, dificulta o comércio, prejudica a indústria, o setor do agro”, disse Alckmin.
“Mas tem outro impacto, que é do ponto de vista fiscal. Porque quase metade da dívida brasileira é ‘selicada’”, declarou Alckmin.