Após anunciar na segunda-feira (9) que retornou a morar em sua casa no Grajaú, o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), acionou à Justiça para pedir a anulação da decisão do Tribunal Especial Misto -que julga a denúncia de impeachment contra ele- que determinou sua expulsão do Palácio Laranjeiras.
Na ação enviada ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), ele alega que necessita voltar ao local pela sua segurança e destaca ainda que vem sofrendo ameaças. Além disso, a peça também questiona o porquê da inclusão da ordem de despejo na votação que na teoria deveria ser voltada apenas para à aceitação da denúncia do processo de impeachment. Witzel alegou que isso configuraria ilegalidade. Segundo os advogados de governador afastado, toda a família dele está correndo riscos fora do palácio.
A ação apresentada nesta quinta-feira (12) na Justiça é mais uma estratégia da defesa para retardar o processo de impeachment. Os advogados também devem ainda pedir para que sejam feitas perícias em todas as provas colhidas pelo Tribunal Especial Misto, já que a votação não deve ocorrer até janeiro do ano que vem, conforme previsto pelo presidente
do TJ-RJ, Cláudio de Mello Tavares.
Não ocupar a residência oficial era uma promessa de campanha do governador, que dizia na época que moraria na casa da família.
Segundo um comunicado divulgado no início da semana, Witzel estava ocupando o
Palácio Laranjeiras por questões de segurança.
“Durante todo o período em que ocupou o Palácio Laranjeiras, residência oficial do
governador do Rio de Janeiro, ele o fez seguindo orientações da segurança, em razão do
deslocamento, pela proximidade à sede do Governo do Estado, o Palácio Guanabara”, está escrito em um trecho