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Nesta sexta-feira (27), a Justiça do trabalho suspendeu em medida liminar as 580 demissões realizadas pela montadora Caoa Chery na cidade de Jacareí, região de São José dos Campos, no estado de São Paulo.
Segundo o juiz Lucas Cilli Horta, da 2ª Vara do Trabalho de São José dos Campos, as dispensas coletivas precisam de prévia negociação considerando o impacto social que causam. O juiz deu prazo de cinco dias para o cumprimento da medida pela empresa sob pena de multa de R$ 50 mil por dia.
Após anunciar no início do mês o fechamento da fábrica de Jacareí, no interior paulista, a montadora Caoa Chery enviou nesta quarta-feira (25), telegramas aos funcionários comunicando o encerramento dos contratos de trabalho.
Ao comunicar o fechamento da fábrica, onde eram montados utilitários esportivos e sedãs, a Caoa Chery informou que a unidade passará por adaptações para voltar a funcionar apenas em 2025 com a produção de carros híbridos ou totalmente elétricos.
Desde então, sindicatos e a empresa têm feito negociações para evitarem as dispensas. Além disso, os trabalhadores fizeram manifestação e ocuparam a frente da fábrica na última terça-feira.
O sindicato dos metalúrgicos celebrou a decisão judicial e lembrou que desde o início das negociações propõe um layoff de cinco meses com estabilidade e salários integrais, mas que a empresa não aceitou sinalizando apenas com indenização social de 7 a 15 salários nominais.
A Caoa Chery disse em nota que os trabalhadores receberão as verbas rescisórias devidas e que não poderia adotar o layoff proposto pelo sindicato
As tentativas de entendimento devem continuar, pois haverá uma rodada de negociação entre a empresa e o sindicato junto com o Ministério Público do trabalho no próximo dia 1º de Junho.