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Nesta terça-feira (31), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou o depoimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, no âmbito de um inquérito que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL) em tramitação no Supremo.
O ministro da Economia daria depoimento na qualidade de “declarante” – ou seja, alguém que não é investigado pelos fatos apurados no inquérito. Barroso destacou que, caso seja necessário, nova convocação será feita.
Diante da intimação, a defesa de Paulo Guedes analisaram o inquérito contra Renan. A conclusão dos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Francisco Agosti e Marcelo Neves, apresentada a Barroso, é a de que Paulo Guedes “não tem qualquer relação com o objeto da investigação”. Evidência disso, sustentam os advogados, seria o fato de que Guedes não é citado em “nenhuma página dos autos”. Os defensores ainda foram à sede da PF em busca de informações sobre os motivos do depoimento, sem sucesso.
Segundo a revista Veja, o ofício da PF a Guedes foi recebido por Barroso em 19 de abril e o depoimento, marcado inicialmente para o dia 5 de maio. A oitiva acabou sendo adiada para 1º de junho diante de um diagnóstico de Covid-19 do ministro. Guedes chegou a ser investigado na Operação Greenfield por suspeitas de fraudes em aportes de fundos de pensão estatais em fundos de investimento criados por uma empresa ligada a ele, mas as apurações foram encerradas em 2020 por ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).