Na semana passada, o corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luis Felipe Salomão, instaurou uma investigação para apurar se o juiz Marcelo Bretas cometeu “faltas disciplinares” em sua atuação como magistrado da Lava Jato no Rio de Janeiro. A medida de Salomão foi tomada a partir de informações da delação premiada do advogado José Antônio Fichtner, compartilhadas em setembro com o CNJ pelo ministro do STF, Gilmar Mendes.
Decisão também teve como base uma correição realizada no mês passado pelo CNJ. Na delação, Fichtner narra “indício de práticas de exploração de prestígio e/ou corrupção passiva” com Bretas.
O advogado relata casos em que o advogado Nythalmar Filho usa de “tráfico de influência e acesso privilegiado” aos autos de vários processos sob responsabilidade do juiz. Salomão também determinou que Bretas seja intimado a depor até o fim deste ano.
Porém, Fichtner procurou o Ministério Público recentemente para retirar todas as acusações contra os métodos de investigação dos procuradores da Lava Jato e contra Bretas.