Na quinta-feira (27), o juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Eduardo Appio, revogou a delação premiada fechado entre a doleira Nelma Kodama e a antiga força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Appio determinou a retomada do processo ao qual ela responde por suposto falso testemunho e revogou a possibilidade de a doleira responder à ação em liberdade.
O juiz ressaltou que as cláusulas do acordo fechado entre a ‘Dama do Mercado’ e o MPF são ‘bastante claras’ quanto à obrigação da doleira de ‘se abster de novas práticas criminosas’.
Porém, Kodama voltou a ser presa em abril de 2019 pela Polícia Federal apontada como doleira do tráfico de drogas entre Portugal e Brasil. Ela segue detida na Bahia.
Appio ressaltou que a doleira não pode responder ao processo por falso testemunho em liberdade uma vez que ‘já deu sobradas razões para se afirmar que, caso solta, poderá voltar a delinquir’.
De acordo com o juiz, considerando os supostos vínculos de Kodama com o tráfico internacional, ‘seria muito grande a chance de se evadir do Brasil para evitar a incidência da lei penal brasileira’.
Com a decisão de Appio, será retomada a ação penal aberta em setembro de 2019 contra a doleira por suposto falso testemunho envolvendo a investigação de policiais que teriam fabricado dossiê com dados funcionais sigilosos e inverídicos sobre a Lava Jato.