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O ginecologista Felipe Sá, condenado por abusar sexualmente de 38 mulheres em seu consultório em Maringá, Paraná, foi sentenciado a 35 anos de prisão. A decisão foi proferida na sexta-feira (30), e a defesa do médico informou que irá recorrer da sentença.
Felipe Sá havia sido preso em junho de 2023, mas estava em liberdade na data da condenação. Com a nova sentença, um mandado de prisão será emitido. Durante o julgamento, Sá foi condenado 13 vezes por violação sexual mediante fraude, totalizando uma pena de 35 anos, um mês e nove dias em regime fechado.
Além da pena de prisão, o médico deverá pagar uma indenização de R$ 15 mil a cada uma das 38 vítimas, totalizando R$ 570 mil. A decisão também incluiu a cassação de sua titulação em ginecologia e a proibição de atuar na área da medicina.
A defesa de Felipe Sá afirmou que está analisando a sentença e que recorrerá ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O médico, de 40 anos, foi detido em 15 de junho de 2023 em seu consultório em Maringá, após ser investigado por violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável desde janeiro de 2023.
Entre as vítimas estão pacientes de seu consultório e ex-alunas de um curso de medicina onde ele lecionava. Para efetuar a prisão, uma policial grávida se passou por paciente e agendou uma consulta com o suspeito para confirmar sua presença no consultório.
O delegado Dimitri Tostes Monteiro explicou que Sá criava um ambiente de segurança para ganhar a confiança das vítimas, utilizando temas como empoderamento feminino para facilitar os abusos durante os exames. A Polícia Civil de Maringá identificou 41 mulheres como suspeitas de abuso, sendo 38 delas ouvidas no inquérito.
Em julho de 2023, o pedido liminar de habeas corpus de Felipe Sá foi negado pelo TJ-PR, e ele foi transferido para o Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em setembro. Após seis meses, foi solto em 19 de dezembro de 2023, com uso de tornozeleira eletrônica.