John Lewis, pioneiro do movimento dos direitos civis e veterano deputado da Câmara dos Estados Unidos, morreu na sexta-feira aos 80 anos.
Membro do Congresso por Atlanta, ele anunciou em dezembro que tinha câncer de pâncreas em estágio avançado.
Lewis era um protegido do reverendo Martin Luther King Jr., a quem conheceu quando tinha apenas 18 anos. Ele foi o último orador sobrevivente de março de 1963, em Washington, estando ao lado de King durante a realização do histórico discurso “I Have a Dream”.
“Entristeceu ouvir as notícias do herói dos direitos civis John Lewis. Melania e eu enviamos nossas orações a ele e sua família”, escreveu o presidente norte-americano, Donald Trump, no Twitter neste sábado. Mais cedo, Trump ordenou que bandeiras fossem hasteadas a meio-mastro durante o dia.
Lewis se envolveu com Trump antes mesmo de o republicano tomar posse. Em janeiro de 2017, Lewis disse que não via Trump como um presidente “legítimo” por causa da interferência russa nas eleições de 2016 para impulsionar sua candidatura.
“Ele amava tanto este país que arriscou sua vida e seu sangue para que ele possa cumprir sua promessa”, disse o ex-presidente Barack Obama, em um comunicado. “E ao longo das décadas, não apenas deu tudo de si pela causa da liberdade e da justiça, mas inspirou gerações a tentar seguir seu exemplo”.
O ex-presidente Bill Clinton e a ex-Secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmaram, em um comunicado conjunto: “Perdemos um gigante. John Lewis deu tudo que tinha para cumprir a promessa de igualdade e justiça dos Estados Unidos para todos e criar um lugar em que pudéssemos criar uma união mais perfeita juntos”.
A presidente da Câmera, Nancy Pelosi, chamou Lewis de um “titã do movimento dos direitos civis, cuja bondade, fé e coragem transformaram nossa nação”.
Lewis manteve a luta pelos direitos civis e humanos até o fim da sua vida, inspirando outros com apelos para que fosse causada uma “Boa Confusão”.
Usando uma bengala, Lewis andou com a prefeita de Washington, Muriel Bowser, em uma rua perto da Casa Branca que Bowser havia rebatizado de Praça “Black Lives Matter”.