Dez ativistas pró-democracia de Hong Kong capturados por forças da China enquanto tentavam fugir para Taiwan foram condenados a até 3 anos de prisão pela Justiça da China continental do país comunista.
Anunciado 6 meses após a adoção da draconiana Lei de Segurança Nacional, a prisão aumenta a preocupação sobre a influência crescente que Pequim exerce no território semiautônomo.
2 ativistas foram condenados a 3 e 2 anos de prisão por seu papel como “organizadores de travessia ilegal da fronteira”, anunciou a Justiça de Shenzhen, no Sudoeste da China. A pena máxima era de até sete anos de detenção.
Os outro 8 réus foram condenados a sete meses de prisão por “travessia ilegal da fronteira”, crime que carrega a pena máxima de um ano. Dois jovens de 16 e 17 anos que acompanhavam o grupo na fuga foram devolvidos às autoridades de Hong Kong após confessarem, afirmou a Justiça chinesa.
O grupo foi capturado pela guarda costeira da China comunista em agosto, enquanto tentava chegar até Taiwan, que Pequim vê como uma província rebelde, de lancha. Desde então, estavam detidos na China continental, onde não puderam se comunicar livremente com suas famílias ou com os advogados contratados por seus parentes.
Eles foram participantes ativos das manifestações antigoverno e contra o aumento da soberania chinesa que tomaram Hong Kong durante o segundo semestre de 2019. Alguns ativistas têm contra si uma série de acusações relacionadas ao movimento, como conluio com forças externas e organizações de motim.