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Os Estados Unidos (EUA) revogou a designação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) como “organização terrorista estrangeira”, em vigor desde 1997. A decisão permite com que as autoridades americanas possam trabalhar com ex-terroristas na implementação do acordo de paz entre o grupo e o governo colombiano.
O Governo Biden anunciou em 23 de novembro a sua intenção de tirar o grupo da lista de organizações terroristas. A declaração ocorreu às vésperas do 5º aniversário do acordo de paz, que desarmou oficialmente a guerrilha, colocando um fim a 5 décadas de conflito.
De acordo com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, as Farc “não existem como organização unificada dedicada ao terrorismo ou a atividades terroristas, ou com a capacidade ou intenção de fazê-lo” desde o acordo, firmado em 2016.
Blinken disse ainda que remover a designação de “terrorista” do grupo torna mais fácil a ajuda por parte dos EUA na implementação do pacto de paz.
O ex-comandante da guerrilha, Rodrigo Londoño, comemorou a decisão da Casa Branca. Em sua conta no Twitter, classificou o gesto como um “reconhecimento” do compromisso das Farc com a paz.
No entanto, Blinken destacou que a retirada não altera as decisões da Jurisdição Especial para a Paz da Colômbia, que julga crimes cometidos em conflito, e nem a posição do governo americano quanto aos processos judiciais já iniciados contra ex-líderes do grupo, incluindo os suspeitos envolvidos no narcotráfico.