Nesta sexta-feira (11), o ditador russo, Vladimir Putin, disse que algum progresso foi feito nas negociações de Moscou com a Ucrânia, enquanto o Kremlin disse que o conflito terminará quando o Ocidente tomar medidas para lidar com as preocupações de Moscou.
Em uma reunião do Kremlin com o ditador da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, Putin disse que as sanções ocidentais não impediriam o desenvolvimento russo e que a Rússia acabaria mais forte.
Ele então disse que as negociações ucranianas estavam ocorrendo praticamente todos os dias. “Há certas mudanças positivas, os negociadores do nosso lado me dizem”, disse Putin. “Eu vou falar sobre tudo isso mais tarde”.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o ucraniano Dmytro Kuleba se encontraram na Turquia nesta quinta-feira nas negociações de mais alto nível desde o início do conflito. Nenhum avanço foi feito.
A invasão da Ucrânia pela Rússia matou milhares, deslocou mais de 2 milhões de pessoas e levantou temores de um confronto mais amplo entre a Rússia e os Estados Unidos.
Agentes de inteligência dos EUA dizem que a Rússia foi surpreendida pela força da resistência ucraniana e pela severidade das sanções econômicas impostas pelo Ocidente.
A Rússia até agora não deu sinais de que está mudando de rumo.
Lukashenko disse a Putin que ambos eram de gerações soviéticas que sofreram sanções e que a União Soviética se desenvolveu bem.
“Você está certo”, disse Putin. A União Soviética viveu o tempo todo sob sanções, mas se desenvolveu e fez conquistas colossais”.
“No momento, um golpe maciço está sendo aplicado a nossa economia”, afirmou o autocrata russo, em referência às sanções com que o Ocidente respondeu à sua invasão da Ucrânia.
“Mas a prática dos últimos anos tem mostrado que onde os ocidentais impõem sanções a nós é onde adquirimos novas competências e atualizamos as antigas para um novo nível tecnológico”, acrescentou Putin.