Nesta quinta-feira (09), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reiterou que Israel continuará combatendo o grupo terrorista palestino Hamas “mesmo sozinho”. A fala foi feita após o presidente dos EUA, Joe Biden, ter dito que não enviará mais armas de ataque a Tel Aviv se o exército de Israel invadir Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
“Digo aos líderes do mundo: nenhuma pressão, nenhuma decisão por parte de qualquer fórum internacional impedirá Israel de se defender. Se Israel for obrigado a ficar sozinho, Israel ficará sozinho”, afirmou Netanyahu em discurso feito na semana passada, mas republicado pelo premiê israelense nas redes sociais nesta quinta.
Já o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, reforçou que Israel “continuará combatendo o Hamas até sua destruição”, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse que o grupo terrorista palestino “ama” Biden.
O gabinete de guerra do Governo Netanyahu também convocou uma reunião para discutir os próximos passos após as declarações de Biden.
Rafah fica na fronteira com o Egito e abriga cerca de 1,2 milhão de pessoas, sendo 600 mil crianças, de acordo com o Unicef.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) informou nesta quinta que 80 mil pessoas já fugiram de Rafah desde 6 de maio, mas destacou que “nenhum lugar é seguro”. “Precisamos de um cessar-fogo agora”, disse o organismo da ONU.