Durante reunião recente com liderança do parlamento russo, o líder russo, Vladimir Putin, disse que a guerra russa na Ucrânia sinalizou o fim da ordem internacional liderada pelos Estados Unidos (EUA).
Na conversa, Putin apontou a resposta Ocidental à guerra, que começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia e incluiu duras sanções que seu país teve que enfrentar.
“Eles deveriam ter percebido que já perderam desde o início de nossa operação militar especial”, disse Putin em 7 de julho, usando o termo oficial russo para a guerra na Ucrânia.
“Seu início também significa o início de um colapso radical da ordem mundial americana”, continuou.
Putin disse ainda que “este é o começo da transição do egocentrismo liberal-globalista americano para um mundo verdadeiramente multipolar” e que esse processo “não pode mais ser interrompido”.
Para o russo, o status quo era um mundo baseado em “regras egoístas” em que não há nada “a não ser o desejo de hegemonia”.
Ele descreveu as sanções que a Rússia enfrentou como “ações hostis de países ocidentais” com as quais a liderança russa teve que lidar.
“O objetivo deles era semear discórdia e confusão em nossa sociedade, desmoralizar as pessoas”, disse Putin, de acordo com uma transcrição no site do Kremlin, “mas aqui também eles calcularam mal”.
“O chamado Ocidente coletivo, liderado pelos Estados Unidos, tem sido extremamente agressivo com a Rússia há décadas”, disse Putin antes de revisitar as queixas que usou para justificar a guerra na Ucrânia, como a expansão da Otan.
“Disseram-nos… que começamos uma guerra no Donbass”, disse ele, “não, foi desencadeada por esse Ocidente muito coletivo, organizando e apoiando um golpe armado inconstitucional na Ucrânia em 2014, e depois incentivando e justificando o genocídio contra as pessoas em Donbass”.
Putin disse que “o curso da história é inexorável”, e qualquer tentativa do Ocidente “de impor sua nova ordem mundial ao mundo”, na visão de Putin, estava “destinada ao fracasso”.