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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou não ver com preocupação a manifestação de 7 de Setembro se ela servir de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Porém, Barroso disse que a manifestação pode mostrar “o tamanho do fascismo no Brasil”, caso seja palco de “ataques” às instituições.
“O 7 de Setembro se forem os apoiadores de um dos candidatos (mostrando suporte), faz parte da democracia. E devemos olhar isso com todo o respeito. Agora, se for o episódio para fechamento do Supremo ou do Congresso, aí vamos saber mesmo o tamanho do fascismo e do sentimento antidemocrático no Brasil”, disse o magistrado nesta sexta-feira (05).
A declaração foi dada durante uma palestra no 17º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, em SP, quando foi perguntado se esperava ver episódios de violência nas eleições desse ano, como aconteceu nos EUA, quando o Capitólio foi invadido por apoiadores do candidato derrotado no pleito de 2020 Donald Trump.
Barroso afirmou ser necessário separar apoio aos candidatos — que chamou de “liberdade democrática” — dos “ataques às instituições”:
“Uma coisa é a liberdade de apoiar qualquer candidato, a outra coisa é querer destruir as instituições. Apoiar um candidato é liberdade democrática. Agora, destruir as instituições é fascismo, um sentimento antidemocrático. E isso precisa ser reprimido”.
O ministro do STF também defendeu que as instituições e os órgãos de segurança pública tem funcionado e são “sólidas”.
Citou como exemplo o 7 de Setembro de 2021. Ele disse que na data do ano passado “se temia invasão do Supremo e do Congresso”, mas não aconteceu.