Gustavo Petro tomou posse neste domingo (7) como primeiro chefe de governo de esquerda da Colômbia, diante de uma multidão de apoiadores na Praça de Bolívar, em Bogotá.
Em seu primeiro discurso como presidente da Colômbia, o ex-senador e ex-guerrilheiro de 62 anos, disse fará um governo pacífico, para acabar “com 6 décadas de violência e conflito armado”.
“É hora de uma nova convenção internacional que aceite que a guerra contra as drogas fracassou. Que deixou 1 milhão de latino-americanos assassinados durante esses 40 anos”, defendeu o líder esquerdista do país com a maior produção mundial de cocaína.
“A guerra às drogas fortaleceu as máfias e enfraqueceu os Estados”, disse ele, acrescentando que nesse período “1 milhão de latino-americanos” foram assassinados e 70 mil americanos morrem “por overdose todos os anos”. “Vamos esperar que mais 1 milhão de latino-americanos sejam assassinados e que as overdoses subam para 200 mil nos EUA a cada ano?”, complementou.
Petro disse que proporá ao Congresso uma reforma tributária justa em que parte do dinheiro dos mais ricos seja usado para custear a educação de crianças e jovens.
A faixa presidencial foi colocada em Petro pela senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro, que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19). Pizzarro foi assassinado em 1990, quando liderava as intenções de voto na corrida presidencial. Petro também levou ao peito um broche da “Pomba da Paz”, que simboliza uma das principais ações pretendidas pelo governo, de conseguir a “paz total” na Colômbia.