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O tribunal de Tarragona, no leste da Espanha, condenou Jean Luc Aschbacher, líder da maior rede de pornografia infantil desmantelada no país europeu, a 240 anos de prisão, e outro participante do grupo criminoso, Christian Bernard Georges Arson, a 19 anos.
Aschbacher foi condenado por aliciamento de menores – sujeitando-os a abusos sexuais dos quais ele mesmo participou, produzindo e distribuindo pornografia infantil – e por integrar uma organização criminosa.
Arson, por suz vez, foi condenado por aliciamento, produção e distribuição de pornografia infantil, embora seja considerado provado que ele não abusou das vítimas, ao contrário de Aschbacher.
Ambos os homens, cidadãos franceses, recrutaram menores em situações vulneráveis para submetê-los a abusos sexuais e gravá-los em mais de 300 filmagens.
Eles também viajaram como turistas sexuais para a Tailândia, entre outros países.
O total de vítimas passa de 100, embora apenas 18 entre 11 e 16 anos tenham sido identificadas, algumas delas sob a tutela do governo regional da Catalunha.
A rede criminosa funcionou sem ser detectada por mais de 15 anos, camuflada sob a empresa legal Productos Aschbacher, até que as suspeitas de um funcionário do governo regional catalão desencadearam uma investigação pela polícia local.
Agentes prenderam 7 homens envolvidos na rede em 2015, mas eles foram libertados provisoriamente após alguns meses.
Os dois agora condenados foram presos em maio de 2021 na França, julgados em fevereiro e mantidos em custódia devido ao risco de fuga até a sentença.