Um tribunal de Minsk, capital da Bielorrússia, condenou o ativista Ales Bialiatski, um dos agraciados com o Prêmio Nobel da Paz em 2022 e figura relevante do movimento democrático bielorrusso, a 10 anos de prisão.
A informação foi dada pela organização não governamental (ONG) Visasna nesta sexta-feira (03).
De acordo com a ONG, Bialiatski foi condenado pelo financiamento de “ações que violam grosseiramente a ordem pública”.
Apoiadores de Bialiatski afirmam que o regime autoritário do ditador bielorrusso, Alexander Lukashenko, tenta silenciar os opositores.
O Nobel da Paz, preso em 2021 na sequência dos protestos nas ruas da Bielorrússia contra Lukashenko, foi um dos 3 vencedores do prêmio em 2022.
Os defensores dos direitos humanos consideram Bialiatski um símbolo da resistência à opressão na Bielorrússia.
Além de 10 anos de prisão, ele ainda foi multados em 185 mil rublos bielorrussos (69 mil euros).
Segundo a Viasna, em 1º de março estavam detidos na Bielorrússia 1.461 presos políticos.
Bialiatski começou a fazer campanha pela independência e democracia na Bielorrússia no início da década de 80.
Ele organizou protestos antissoviéticos antes do colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).