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O Governo de Israel anunciou neste domingo que 130 israelenses foram sequestrados desde o ataque surpresa de ontem do movimento terrorista Hamas e levados para a Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que estimava o número de mortos em pelo menos 700.
Já na Faixa de Gaza, mais de 400 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram e 2.000 ficaram feridas. Outras 7 pessoas perderam a vida na Cisjordânia.
“Os números continuam a aumentar e com eles a nossa tristeza. Nossas orações estão com as famílias dos sequestrados, assassinados ou feridos pelo Hamas”, escreveu o Gabinete de Imprensa do Governo israelita numa mensagem acompanhada dos números de capturados (mais de 100), feridos (mais de 2.000) e mortos (mais de 700) durante os dois dias de combate com o grupo palestino.
Este representa o primeiro número oficial divulgado por Israel desde o início desta guerra sobre o número de pessoas capturadas por milicianos do Hamas e cujo estado de saúde ainda não foi fornecido.
Segundo o Times of Israel, uma fonte governamental descartou que estejam em negociações mediadas pelo Egito.
Entre os sequestrados, que foram levados para Gaza por milicianos do Hamas que se infiltraram e atacaram diferentes comunidades israelitas na área, estão civis e soldados.
“Eles não eram contra objetivos militares, eram contra civis. Foram atrás de avós, crianças, bebês. Os números não têm precedentes”, disse hoje o porta-voz internacional das Forças de Defesa de Israel, Richard Hecht, sobre as vítimas do ataque de ontem perpetrado por militantes do Hamas que se infiltraram a partir de Gaza e atacaram várias comunidades israelitas.
“Vamos responder muito severamente a isso. Nos próximos dias será uma longa luta, faremos tudo o que for necessário para responder a este ataque bárbaro”, acrescentou Hecht, que denunciou que as ações do Hamas “violam as leis internacionais e o Islã”.
“Este é o nosso 11 de Setembro”, afirmou o porta-voz, comparando o trauma desta guerra para Israel com o que foi para os Estados Unidos o ataque às Torres Gêmeas pela Al Qaeda.
O Ministério da Saúde israelita elevou neste domingo o número de feridos neste ataque surpresa para 2.150, dos quais cerca de 360 estão em estado grave.
O Exército israelita iniciou este sábado uma forte ofensiva contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza, que segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde palestino deixaram pelo menos 370 mortos e mais de 2.200 feridos.
A este número somam-se os milicianos palestinos que morreram em Israel, atingidos por tropas do Exército após se infiltrarem no seu território.
O porta-voz militar explicou também que ainda há confrontos entre os seus soldados e os milicianos palestinos que permanecem nas comunidades israelitas na área.
Paralelamente, os alarmes antiaéreos praticamente não pararam de soar hoje na região devido ao lançamento de foguetes a partir de Gaza, de onde as milícias lançaram 3.255 projéteis desde o início da ofensiva na manhã de sábado, segundo os últimos números divulgados pelo Exército, que continua a bombardear alvos na Faixa de Gaza.