As Forças de Defesa de Israel (FDI) prenderam 440 indivíduos de origem palestina na Cisjordânia desde o início das hostilidades na Faixa de Gaza, em 7 de outubro. Entre os detidos estão 220 membros afiliados ao Hamas.
Na terça-feira, 18 de outubro, o exército prendeu 51 membros do Hamas, incluindo vários de alto escalão.
Segundo informações prestadas pelas FDI, nos últimos dias registraram-se vários confrontos entre as tropas israelenses e a população palestina na Cisjordânia, além de diversas tentativas de ataques terroristas.
Por sua vez, o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina informa que, desde 7 de outubro, pelo menos 61 palestinos na Cisjordânia perderam a vida nas mãos das forças israelenses.
Hamas confirma morte de comandante em ataque aéreo israelense
O braço militar do Hamas, as Brigadas Qassam, disse na terça-feira que um ataque aéreo israelense no campo de refugiados de Bureij, no centro da Faixa de Gaza, matou o principal comandante militante, Ayman Nofal. Nofal é o militante de maior destaque morto até agora nos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.
Os militares israelenses dizem que estão a atacar os esconderijos, infra-estruturas e centros de comando do Hamas.
Tensões aumentam na fronteira Israel-Líbano
Separadamente, as tensões aumentaram na terça-feira ao longo da fronteira Israel-Líbano, onde cinco militantes do Hezbollah foram mortos, o maior número desde que eclodiram escaramuças entre Israel e o grupo guerrilheiro na semana passada.
As forças israelitas e os grupos armados libaneses têm estado envolvidos em pequenas escaramuças desde o início da última guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas.
As tensões surgem em meio a temores de que a guerra se espalhe para o Líbano, onde o Hezbollah expressou forte apoio ao Hamas. Israel considera o Hezbollah a sua principal ameaça, e o grupo libanês alertou que se Israel fizer uma incursão terrestre na Faixa de Gaza haverá uma escalada. Até agora, as trocas de artilharia entre o Hezbollah e Israel têm-se limitado a algumas aldeias ao longo da fronteira.
Israel alertou que se o Hezbollah abrir uma nova frente de batalha, todo o Líbano pagará as consequências.
Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de um mês em 2006 que terminou num impasse. Desde então, registraram-se apenas confrontos ocasionais e muita retórica, mas o Hezbollah melhorou as suas capacidades militares e tornou-se uma força influente na Síria, no Iraque e noutras partes da região.
A comunidade internacional está a fazer esforços diligentes para evitar que a guerra se alastre ao Líbano ou a qualquer outro lugar do Médio Oriente.
Míssil antitanque do Líbano atinge cidade israelense
Um míssil antitanque disparado do Líbano atingiu a cidade de Metula, no norte de Israel, na terça-feira, ferindo três pessoas, informou o Centro Médico Ziv em Safed.
Horas depois, o Hezbollah emitiu um comunicado reivindicando a responsabilidade pelo incidente. Não ficou claro se os feridos eram civis ou soldados, mas Israel pediu a todos os civis que evacuassem a zona fronteiriça com o Líbano.
Israel respondeu disparando contra várias áreas no sul do Líbano, perto da fronteira, com artilharia e fogo de fósforo, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano. As forças israelenses disseram que seus tanques dispararam contra o Líbano depois que um míssil antitanque foi disparado do outro lado da fronteira.
(Com informações da AP)