O chefe do gabinete político do grupo islâmico Hamas, Ismael Haniyeh, reuniu-se no Cairo com o chefe da Inteligência egípcia, general Abbas Kamel, para discutir propostas de alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Durante a reunião, foram abordadas diversas propostas para encerrar os ataques de Israel ao enclave palestino. Uma das sugestões destacadas foi a possibilidade de um cessar-fogo temporário de até uma semana, em troca da libertação de 40 prisioneiros israelenses pelo Hamas, incluindo mulheres, crianças e homens não militares.
Fontes palestinas no Cairo, sob condição de anonimato, informaram à agência EFE sobre as discussões, indicando que a trégua proposta poderia ser renovável, condicionada ao entendimento de novas categorias e padrões de câmbio. Após apresentar as propostas e condições discutidas entre o Hamas e Israel, Haniyeh afirmou que levaria essas opções aos líderes do Hamas na Faixa de Gaza para decisões futuras.
Entretanto, conforme reportagem do The Wall Street Journal, a oferta foi recusada pelo Hamas. A proposta buscava a libertação de mulheres, crianças e idosos reféns que necessitavam de tratamento médico urgente. O Hamas rejeitou a oferta, e autoridades egípcias afirmaram que a recusa não representou um fracasso nas negociações, mas sim um esforço para pressionar Israel a oferecer mais concessões.
Uma fonte de segurança informou à EFE que a reunião foi positiva, destacando avanços significativos para alcançar um acordo e interromper os ataques israelenses contra Gaza. O Egito desempenhou um papel mediador crucial, buscando persuadir ambas as partes a retornar à trégua.
Haniyeh deverá participar de uma reunião tripartida com Ziad al Nakhalah, líder do Movimento da Jihad Islâmica, e Abas Kamel no próximo sábado. O Hamas declarou anteriormente que não negociará a libertação de reféns enquanto a ofensiva militar de Israel em Gaza persistir, mas permanece “aberto a qualquer iniciativa que contribua para acabar com a agressão e proporcionar ajuda aos palestinos”.