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As eleições parlamentares realizadas neste domingo (1º) na Romênia indicam uma resistência dos partidos de centro e de esquerda à crescente onda da direita, enquanto as atenções se voltam para uma decisão crucial do Tribunal Constitucional sobre a anulação dos resultados da eleição presidencial.
O país vive um período turbulento após um surpreendente resultado no primeiro turno da eleição presidencial, realizado em 24 de novembro, quando um candidato de extrema-direita, pouco conhecido, venceu. O ocorrido gerou suspeitas de interferência externa em um país que tem sido um forte aliado da Ucrânia, especialmente diante da crescente tensão com a Rússia.
O Tribunal Constitucional da Romênia determinou a recontagem dos votos do primeiro turno e deve anunciar sua decisão sobre a validação dos resultados ainda nesta segunda-feira (2).
Caso o tribunal decida pela validação, o candidato independente de direita, Calin Georgescu, disputará o segundo turno, marcado para o dia 8 de dezembro, contra a candidata de centro-direita Elena Lasconi.
As autoridades romenas destacam que a Romênia é um alvo importante para agentes hostis, como a Rússia, e acusam a plataforma de streaming TikTok de favorecer um candidato. No entanto, tanto a Rússia quanto o TikTok negaram qualquer irregularidade.
Na eleição parlamentar de domingo, que foi a segunda de três programadas em um intervalo de duas semanas, o Partido Social-Democrata (PSD), de esquerda, obteve a primeira posição, preparando o terreno para a formação de uma coalizão com partidos centristas. O vice-presidente do PSD, Victor Negrescu, declarou que o partido busca uma coalizão que dê continuidade ao caminho europeu da Romênia. Com 99,78% dos votos apurados, o PSD obteve 22,4% dos votos, seguido pela Aliança para a União dos Romenos, de direita, com 18,2%. A oposição centrista, liderada por Lasconi, com a União Salve a Romênia (USR), obteve 12,2%, enquanto a coalizão governista júnior, aliada dos Liberais, teve 14,3%. Dois grupos de direita, SOS e POT, somaram 7,7% e 6,3%, respectivamente, e o partido étnico húngaro UDMR obteve 6,4%.
O líder liberal Ilie Bolojan afirmou que seu partido está “disposto a participar de uma coalizão para contribuir com a modernização do país”. No entanto, a definição de quem formará o governo dependerá do resultado da eleição presidencial, uma vez que é o presidente quem designa o primeiro-ministro.
Se Georgescu vencer, ele poderá dar aos partidos de direita, que juntos obtiveram mais de 30% dos votos, a oportunidade de formar o governo.
Diana Sosoaca, líder do grupo de direita SOS, fez um apelo à união das forças nacionalistas para formar um governo “nacionalista, mesmo que minoritário”.