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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que os ataques aéreos contra o território inimigo continuarão até que seja firmado um documento oficial sobre a trégua parcial de 30 dias. O acordo, que está em negociação entre os dois lados, busca interromper os ataques contra infraestruturas energéticas.
“Não sei o que Putin está dizendo por aí”, afirmou Zelensky em uma coletiva de imprensa realizada na madrugada, “mas agora temos 107 drones Shahed no céu”.
O presidente ucraniano se referia ao mais recente ataque russo com drones de ataque, que deixou pelo menos dois mortos.
“Por isso, enquanto não houver um acordo, enquanto não existir um documento oficial sobre o cessar-fogo parcial, acredito que os ataques continuarão”, declarou Zelensky, pouco depois de informar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que aceitava a trégua parcial previamente negociada entre Washington e Moscou.
Enquanto os termos do cessar-fogo são discutidos, tanto Ucrânia quanto Rússia seguem atacando alvos estratégicos com drones de longo alcance.
Zelensky denunciou que os ataques russos continuam incessantes, desmentindo as alegações de Moscou sobre uma possível redução das ofensivas. Segundo ele, diariamente são lançados mais de cem drones, além de mísseis contra alvos diversos. “A cada novo lançamento, os russos demonstram ao mundo sua verdadeira postura em relação à paz”, afirmou.
O presidente ucraniano também destacou o trabalho das equipes de emergência que atuam após os ataques.
“Mesmo nas condições mais difíceis, nosso povo pode contar com o apoio imediato do Serviço Estadual de Emergência, da polícia, dos médicos, dos trabalhadores públicos e de todos que ajudam a remover escombros, apagar incêndios, reconstruir o que foi destruído e, acima de tudo, salvar vidas”, ressaltou.
Um dos ataques mais graves das últimas horas ocorreu na região de Kirovohrad, onde as forças russas lançaram cerca de 200 drones do tipo Shahed e veículos aéreos não tripulados para enganar as defesas ucranianas. Como resultado, dez pessoas ficaram feridas, entre elas quatro crianças. Também houve danos significativos em residências, uma igreja e outras infraestruturas locais.
“Foi mais um ato de terror que comprova o desrespeito da Rússia pela própria existência do povo ucraniano”, declarou Zelensky.
Ele também expressou gratidão aos profissionais que trabalham incansavelmente para minimizar os impactos dos bombardeios.
“Agradeço a todos que atuam no campo, ajudando a lidar com as consequências do terrorismo russo”, afirmou. “São essas pessoas que sustentam a resistência ucraniana.”
O aumento do uso de drones se tornou uma tática devastadora da Rússia, com o objetivo não apenas de causar destruição material, mas também de espalhar medo e desmoralização entre os civis.
As equipes de emergência enfrentam dificuldades constantes para atender às vítimas devido à intensidade e frequência dos ataques.
Enquanto isso, as operações de resgate e reconstrução se multiplicam nas regiões atingidas. Uma das prioridades imediatas do governo é garantir tanto a segurança da população quanto a recuperação das infraestruturas essenciais. As autoridades ucranianas têm pedido mais apoio internacional, especialmente em termos de ajuda humanitária e reforço logístico.
Os ataques persistem em um cenário de crescente tensão internacional. Os drones utilizados nos bombardeios recentes foram identificados como de fabricação iraniana, reacendendo o debate sobre o fornecimento desses equipamentos por Teerã a Moscou. Em resposta, a Ucrânia pediu a aplicação de novas sanções contra países que auxiliam o Kremlin com tecnologia militar.
Apesar do contexto desafiador, Zelensky reforçou a necessidade de manter a solidariedade nacional e internacional.
“É fundamental que permaneçamos unidos na luta pela liberdade e pela paz”, concluiu o presidente.
