No fim de semana passado, o governo da Lituânia cortou totalmente as importações de gás da Rússia, tornando-se o primeiro país da União Europeia (UE) a adotar a medida em meio à guerra russa contra a Ucrânia.
“Buscando total independência do gás russo, em resposta à chantagem energética da Rússia na e à guerra na Ucrânia, a Lituânia abandonou completamente o gás russo”, disse o Ministério da Energia do país em nota.
O ministro da Energia da Lituânia, Dainius Kreivys, afirmou que o país é o primeiro da UE a conseguir obter independência do gás fornecido pela estatal russa Gazprom.
“Isso é o resultado de uma política energética coerente de vários anos e decisões oportunas de infraestrutura”, afirmou Kreivys.
Em 2015, quase 100% do gás consumido pela Lituânia vinha da Rússia, mas a situação mudou drasticamente nos últimos anos após o país ter construído um terminal offshore de importação de gás natural liquefeito (GNL) na cidade portuária de Klaipeda.
Em uma mensagem postada no Twitter, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, pediu que outros países europeus façam o mesmo e suspendam as importações de gás russo.
“A partir deste mês não há mais gás russo na Lituânia. Anos atrás, meu país tomou decisões que hoje nos permitem romper sem dor os laços energéticos com o agressor. Se podemos fazer isso, o resto da Europa também pode”, escreveu ele.