Desde do início da invasão à Ucrânia, a justiça da Rússia já condenou mais de 2.000 russos por supostas “fake news” sobre a guerra. Ao menos 50 russos foram julgados de 5 a 10 anos de prisão, segundo uma organização de direitos humanos da Rússia.
As informações são do New York Times. No final de maio, pela 1ª vez, o Kremlin aplicou uma multa a um residente russo, acusado de divulgar informações falsas sobre a guerra.
Nesta segunda-feira (06) um tribunal da Rússia, na região de Kamchatka, condenou o político Vladimir Efimov por “desacreditar do exército”. Ele foi condenado a pagar uma US$ 500 nos últimos 3 meses. A promotoria russa acusa Efimov de divulgar fotos e vídeos do campo de batalha em Mariupol, na Ucrânia.
Em 4 de março, o ditador russo, Vladimir Putin, assinou uma lei que determina a responsabilização criminal, com possibilidades de multas e de prisão para quem divulgar supostas “fake news” sobre as ações das Forças Armadas russas. A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.
Um mês depois do início da guerra, em 25 de março, Putin também sancionou um projeto de lei que criminaliza informações falsas sobre entidades estatais do país que operam no exterior.
A punição prevê prisão de até 15 anos por reincidência ou multa de 1 milhão de rublo.