A unidade de Rio do Sul (SC) do colégio particular COC deu espaço para “ensinar”, durante aula de redação, que o presidente Jair Bolsonaro “armou” o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.
A acusação foi feita durante aula virtual conduzida pela professora Tanay Gonçalves Notargiacomo.
Tanay garantiu, ao falar sobre violência na política, que Bolsonaro não foi vítima de crime político no decorrer da campanha de 2018. Apesar de o então candidato ter sido esfaqueado por Adélio Bispo, que foi filiado ao Psol, a “professora” definiu o caso como protagonizado por “popular”, um mero “civil” da sociedade.
“Bolsonaro levou uma facada? Levou. Foi uma violência? Foi. Mas não foi praticada por político”, disse a professora de Rio do Sul, interior de Santa Catarina.
Sobre o caso de Marielle, a situação, para ela, foi diferente. Indo contra as investigações da Polícia Federal, Tanay Gonçalves Notargiacomo garantiu que Marielle foi vítima de violência política armada por Bolsonaro.
“O que o Bolsonaro armou, né, para matar Marielle Franco… ele, sendo um político, matando uma outra política… isso, sim, é uma violência política”, “ensinou” a professora.
Em nota divulgada no último domingo (08), a direção do COC Rio do Sul garantiu que “procedimentos internos cabíveis” foram iniciados após conhecimento da acusação feita pela professora de redação. No entanto, em meio à tentativa de propaganda das aulas virtuais realizadas desde o início da pandemia, o comando da instituição faz questão de classificar o caso como “episódio isolado”, além de definir como “brilhante trabalho” a atuação de Tanay.
No mesmo dia em que saiu em defesa de sua funcionária, a direção do COC Rio do Sul divulgou carta assinada pela professora. No texto, Tanay pede “desculpas aos ofendidos”. Ciente de que acusou o presidente da República de homicídio, ela pontuou que a “frase foi infeliz, ainda mais quando retirada de contexto”.
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