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Em visita a Manaus, o deputado federal e candidato à presidência da Câmara Arhur Lira (PP-AL) afirmou nesta quinta-feira (07) que as reformas ao longo do ano de 2021 são necessárias, mas serão feitas e tratadas com “imparcialidade”.
Para Lira, as decisões “pessoais, monocráticas, prevaleceram em 2020 em cima do coletivo”. “Esse centralismo fez mal para a Câmara dos Deputados e fez muito mal para o Brasil no final do ano de 2020”.
“Toda semana o presidente convoca os líderes para decidir as pautas, tem seis meses que eu não participo de nenhuma reunião”, afirmou. “Se não somos ouvidos não podemos opinar. As pautas prioritárias não são minhas, não vou cometer o erro que eu critico”.
Lira defendeu ainda que é necessária uma Câmara que seja mais “proporcional, transparente e previsível” e disse que seu compromisso é com uma Câmara “diferente”.
“Ali nós decidimos vidas, destinos, economia, situação social de milhões de pessoas e milhares de municípios de vários Estados. Meu compromisso é uma câmara diferente, com meus amigos, deputados parceiros, vamos fazer uma Câmara mais proporcional, transparente e previsível”, afirmou Lira em Manaus.
Arthur Lira disse não haver preconceito com qualquer tema, seja ele de esquerda, direita ou centro, “desde que estejam amadurecidos na sociedade e com maioria para serem votados no parlamento”.
Para ele, também não se pode usar do cargo de presidente da Câmara para “travar pautas que não sejam do seu interesse” e prometeu: “Vamos respeitar a proporcionalidade partidária, os maiores partidos terão mais relatorias, mas o menores também vão ser atendidos. Eu não vou fazer a pauta do Brasil sozinha, todas a discussões que precisarem do presidente da Câmara eu vou estar ao lado”.
Lira disse que o orçamento impositivo será votado em fevereiro e cutucou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes. “Ele (orçamento) é fruto da vontade dos senhores deputados e senadores. Nós é que conhecemos a realidade, não o ministro Tarcísio”, afirmou o deputado.
O candidato à presidência da Câmara defendeu que esse modelo é adotado no “mundo”. “A gente recebe a peça do governo, ajusta e faz. Somos nós, o Legislativo, que conhecemos os problemas da base dos municípios. A maior ignorânca que se pode fazer na politica é tratar os desiguais de forma igual”, completou Lira.