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Em entrevista à CNN Brasil, o titular da CPI da Covid, senador Eduardo Girão (Podemos-CE), defendeu uma acareação entre o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, e Luiz Paulo Dominghetti, que se apresenta como vendedor de vacinas da Davati Medical Supply.
Girão classificou, na entrevista, os depoimentos colhidos, até agora, na comissão de inquérito como “muito frágeis”.
“Precisávamos ver acareação entre Roberto Dias e cabo Dominghetti, mas o presidente da CPI [senador Omar Aziz] se precipitou e já foi determinando a prisão [de Dias]”, criticou o senador.
À CPI, Dominghetti afirmou que recebeu um suposto pedido de propina durante reunião com representantes do Ministério da Saúde – incluindo Dias –, para negociar a compra de imunizantes contra a Covid-19.
Na entrevista, Girão também avaliou um maior espaço para o governo federal na CPI. Com a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil, a vaga na comissão será ocupada por Luis Carlos Heinze (PP-RS), com Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) de suplente.
Para o parlamentar, as mudanças possibilitarão mais oportunidades de diálogo: “Desde o início, a CPI tem uma posição predominantemente de oposição, ela foi montada para isso. Percebi que nem os governistas, nem os oposicionistas conseguem de alguma forma ter diálogo mínimo, e isso tem atrapalhado”.