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Nesta terça-feira (24), o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) rebateu aos ataques de João Doria (PSDB-SP), e chamou o governador de São Paulo de ‘oportunista. ‘Se ajoelhou aos pés de Bolsonaro implorando apoio’.
Doria disparou uma série de ataques ao seu colega de partido, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (23). O paulista, que disputará a prévia que escolherá em novembro o candidato da sigla à Presidência da República, chamou o mineiro de “covarde” e “pária dentro do PSDB” ao comentar a votação da PEC do voto impresso na Câmara.
“De forma oportunista, se ajoelhou aos pés de Bolsonaro implorando apoio, criando o inesquecível Bolsodoria, e tenta a todo custo fazer com que as pessoas se esqueçam disso”, disse Aécio.
Eis a nota de Aécio:
“Doria é um desqualificado.
Perdeu as condições de ser candidato à própria reeleição pela sua enorme rejeição e acha que pode comprar o PSDB para satisfazer o seu fetiche de ser candidato a presidente da República.
Falta a ele dimensão e caráter para liderar qualquer projeto nacional.
De forma oportunista, se ajoelhou aos pés de Bolsonaro implorando apoio, criando o inesquecível Bolsodoria, e tenta a todo custo fazer com que as pessoas se esqueçam disso.
Traiu o seu padrinho político, Geraldo Alckmin, da forma mais covarde e humilhante possível, desrespeitando e atropelando a história do partido, para abrir caminho para a sua ambição.
A obsessão em me atacar é fruto da sua interpretação de que também sou um obstáculo a que ele se transforme em dono do PSDB.
Quanto às acusações que me fez, ele demonstra mais uma vez a sua leviandade. Fui vítima de uma armação criminosa que será desmascarada na Justiça. Minha vida pessoal já foi toda investigada e não existe um centavo de dinheiro público ou de origem duvidosa do qual tenha me beneficiado.
Ao contrário, quem fez fortuna às custas de empresários, foi o Sr. João Doria através das doações milionárias feitas ao seu Lide.
Recentemente, a própria imprensa publicou denúncias sobre a relação suspeita que a entidade mantém com empresários beneficiados pelo governo de São Paulo. Trata-se de acusação que merece ser melhor investigada.
Hoje, numa prática que jamais havia ocorrido no PSDB, seus emissários viajam pelo país oferecendo pagar dívidas de campanhas passadas e financiamento para campanhas futuras para tentar comprar o resultado das prévias partidárias.
Tenta, a todo custo, transformar o PSDB num balcão de negócios. O PSDB não é o Lide, Sr. João Doria, o PSDB não está à venda.
O PSDB é fruto de uma construção coletiva, da qual participo há cerca de 30 anos. Não vamos permitir que ele seja tomado por um arrivista, cujo único objetivo é satisfazer seu próprio ego e sua ambição doentia.
AÉCIO NEVES”