Na manhã desta terça-feira (05), o sócio da VTCLog, Raimundo Nonato Brasil, negou que a empresa pagou algum boleto do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias.
A CPI da Covid suspeita que Dias tenha sido beneficiado por um esquema de pagamento de propina. Segundo os senadores, o ex-diretor passou a ter boletos pagos pela empresa 11 dias após a Saúde ter assinado um aditivo de contrato que beneficiou a VTLog.
“Ele é cliente de outra empresa do grupo, a Voetur turismo. A VTCLog não pagou o boleto do senhor Dias. O senhor Roberto é cliente, como qualquer outro da empresa de turismo do grupo”, disse Brasil.
Em 1º de setembro, o motoboy Ivanildo Gonçalves, funcionário da VTCLog, confirmou que esteve nas agências bancárias e pagou boletos de Dias em duas agências bancárias. O motoboy confirmou que sacava da agência e, em seguida, quitava os boletos por determinação da diretoria financeira da VTCLog.
Investigação do Tribunal de Contas da União aponta que, desde 2018, a empresa tinha um contrato para transportar insumos da Saúde no valor de R$ 97 milhões por ano. Em fevereiro de 2021, ocorreu o primeiro aditivo, que elevou o custo do serviço de transporte em 25%, chegando a um total de R$ 114,75 milhões.