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Segundo Natália, a atual lei desconsidera a união de casais “homoafetivos e não-binários”. A ideia do PL surgiu a partir de experiências da própria deputada. Natália teria ido a dois casamentos de pessoas próximas à ela e presenciou, nas cerimônias, a falta de respeito com a diversidade dos casais.
“Isso ainda está acontecendo, naquele que era para ser o dia mais feliz da vida delas”, contou Natália ao jornal Jota.
O projeto aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A última atualização do Código Civil ocorreu em 2002, mas no que diz respeito a realização dos casamentos civis, manteve o texto de 1916. Essa questão foi utilizada como argumento de defesa do projeto pela deputada.
“O Código Civil de 2002, apesar de aprovado durante a vigência da Constituição de 1988, reproduziu em seu texto a declaração solene para realização do casamento nos mesmos termos do previsto no Código Civil de 1916, sem qualquer adequação que a realidade impõe da existência de uma pluralidade de configurações de casais e de famílias”, explicou a deputada ao Jota.
Apesar da decisão de reconhecimento de união estável entre casais do mesmo sexo ter sido aprovada em 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não há atualmente nenhuma lei que regulamente a união civil homoafetiva.
Natália reconhece que há ainda um longo caminho até que seu projeto possa ser aprovado, mas garante que conversará com as lideranças do Congresso. ” Só há conquista de direitos com lutas”, finalizou a deputada.