O ex-presidiário e pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta sexta-feira (1º) por causa da PEC dos Combustíveis e Auxílios.
Além de tentar aliviar o preço dos combustíveis, a PEC busca instituir o estado de emergência no país até o final de 2022, aumentando os gastos com benefícios sociais, como o Auxílio Brasil e o vale-gás.
Lula não criticou diretamente os benefícios previstos na PEC, mas afirmou que ela tenta “comprar o povo”. De acordo com o petista ex-condenado, Bolsonaro sabe que o problema não é com a urna eletrônica, mas com o povo brasileiro.
“É por isso que ontem ele mandou várias medidas para dar dinheiro, para aumentar o auxílio emergencial, que era uma reivindicação da oposição, de R$ 600, aumentar o vale-gás, que foi uma coisa do deputado federal do PT, o [Carlos] Zarattini, dar um auxílio para motoristas autônomos”, disse Lula durante entrevista à rádio Metrópole, de Salvador.
“Tudo isso [benefícios], eu acho que tudo bem. O povo tem que pegar o dinheiro, mas não é isso que resolve o problema, porque tudo isso vai acabar em dezembro. Ele [Bolsonaro] acha que pode comprar o povo. Ele acha que o povo é rebanho. Ele acha que o povo não pensa, que o povo vai acreditar em mentira e não vai”, afirmou.
O texto, que ainda tramita no Congresso Nacional, foi aprovado em dois turnos no Senado na quinta-feira (30), inclusive com votos dos parlamentares petistas. Agora, ele segue para a Câmara dos Deputados.