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Em entrevista ao jornal O Estadão nesta quinta-feira (25), o ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello voltou a criticar a operação da PF contra empresários apoiadores de Bolsonaro acusados de terem defendido, em mensagens no WhatsApp, um golpe de Estado em caso de vitória de Lula na eleição.
A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes e envolveu buscas em endereços profissionais e residenciais, bloqueio de contas, quebra de sigilo bancário e de mensagem e suspensão de perfis nas redes sociais.
O ex-ministro do STF afirmou que vivemos “tempos estranhos” e que “precisamos pisar no freio”:
“Eu não compreendi os atos de constrição. Vinga ainda no país, ainda bem, a liberdade de expressão […]. Você pode não concordar, mas você brigar na veiculação de ideias é muito ruim. […] Tempos estranhos. Precisamos de temperança, compreensão. Precisamos pisar no freio, porque isso não interessa, principalmente aos menos afortunados. Em termos de governança, de preservação de certos valores, o que interessa é a estabilidade. A paixão, em casos de Estado, merece a excomunhão maior. Estão todos apaixonados”.
“Eles disseram uma opinião: ‘Olha, ao invés do ex-presidente é preferível o golpe’. Mas em Direito Penal não se pune a cogitação’. Eu tinha o WhatsApp como algo inalcançável. A insegurança passa a imperar“, acrescentou.