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A recente operação da Polícia Federal contra empresários, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi classificada como preocupante e possivelmente arbitrária por Ciro Gomes (PDT).
A afirmação foi feita em uma sabatina na Jovem Pan na manhã desta quinta-feira (25).
O candidato à Presidência disse que a operação foi desencadeada sem um devido esclarecimento sobre os reais motivos e sem a apresentação de “todos os argumentos possíveis que embasem os mandados de busca e apreensão determinados aos oito empresários” que, supostamente, teriam defendido um golpe de Estado em conversas privadas em um grupo de mensagens, no caso da vitória de Lula (PT) nas eleições.
Dias antes, quando as conversas vieram a público, Ciro propôs, no Twitter, um boicote a produtos e serviços oferecidos por estes empresários.
“Em relação a empresários golpistas, a sociedade tem uma excelente arma nas mãos: seu poder de compra. Está na hora de boicotar os produtos e serviços de facínoras que querem o fim do nosso estado democrático de direito”, disse no dia 17 de agosto.
Na sabatina, ele defendeu que a liberdade é o princípio de uma democracia, e que qualquer cerceamento dela só pode ser feito “se for amplamente sustentado nos argumentos de fato e de direito que justifiquem sua violação”.
“Toda e qualquer providência que cerceie isso tem que dizer por quê. Eles estavam conspirando para praticar um golpe? Aí eles não tem mais a liberdade. Se eles não cometeram nada, estamos diante de uma arbitrariedade”, disse.
Ele emendou dizendo que é preciso que as autoridades que autorizaram a operação expliquem “de forma urgente e célere” quais foram os fundamentos e fatos que desencadearam a operação, de forma transparente que “hoje não temos”.
Isso, porque, os autos foram classificados como sigilos desde o dia 19 de agosto, quando foi iniciada a ação contra os empresários.