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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de uma ação penal na qual ele foi condenado pelo ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, a 14 anos e 2 meses de prisão.
Cabral quer que todos os atos de Moro no processo sejam anulados, devido a uma suposta parcialidade do ex-magistrado, que teria sido constatada em troca de mensagens com procuradores da Lava Jato.
A solicitação foi enviada ao ministro do STF Ricardo Lewandowski, relator de uma ação que trata da “Operação Spoofing”, que investigou a invasão de celulares de Moro e dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
A defesa do ex-governador do Rio quer acesso a todas as mensagens apreendidas na operação que tenham relação com ele ou com os processos aos quais ele responde.
Os diálogos já divulgados comprovariam, de acordo com a defesa, “o uso político do processo, a manipulação do juiz natural e da atuação de colaboradores premiados, a parcialidade dos magistrados das ações penais, entre outras ilicitudes que amesquinham os pilares de um Estado Democrático de Direito”.
O pedido de Cabral foi feito no âmbito de uma ação apresentada pelos advogados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A defesa de Lula já conseguiu, com base nas mensagens da Spoofing, o encerramento de uma ação penal contra ele, que investigava supostas irregularidades na compra de caças suecos Gripen para a Aeronáutica.