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Em entrevista à CNN Brasil, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse nesta sexta-feira (24) que uma 1ª remessa de informações solicitadas ao Governo dos EUA sobre a investigação sobre as joias sauditas já chegou ao Brasil.
De acordo com Rodrigues, as informações obtidas até agora “corroboram e confirmam” informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, em delação premiada fechada com a Polícia Federal e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Já começamos a receber as primeiras documentações”, disse o diretor da PF. “Eu não posso detalhar a natureza dos documentos, mas o que eu posso garantir é que algumas das informações que chegaram corroboram e confirmam aquilo que foi feito na colaboração”.
A PF solicitou ao Governo dos EUA dados de contas bancárias tanto de Cid como de Bolsonaro, bem como documentos e imagens sobre a venda no exterior dos presentes destinados à Presidência.
“A delação é um caminho para se buscar provas. E há, sim, ali, caminhos. Há muita consistência, há muitos elementos já apontados, que nos permitem, confrontando com demais elementos já colhidos nos autos, identificar que de fato há consistência”, afirmou o diretor.
Na entrevista, Rodrigues expôs que o fechamento da delação premiada pela PF foi legítimo e que a organização está focada na qualidade da prova e na responsabilidade.
“O que eu posso dizer é que a investigação vai até o fim. Nós não vamos parar enquanto a gente não desvendar, para cada uma das ações criminais, todos os autores que atuaram em todos os processos”, afirmou o diretor da PF.
“Aqueles que, em alguma medida, têm participação serão responsabilizados”, acrescentou Rodrigues.
Ele ainda afirmou que a PF não irá se furtar de fazer “nenhuma operação” que a corporação policial tenha o “dever legal de fazer”.
Rodrigues disse também que é natural que, em um futuro próximo, citados na delação premiada sejam chamados para prestarem depoimento.