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A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para realizar busca e apreensão no gabinete do deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP). O pedido, divulgado pelo jornal A Folha de São Paulo, busca garantir transparência sobre sua suposta participação em uma empreitada criminosa.
O pedido faz parte de um inquérito que investiga uma possível “Abin paralela” durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, negou a solicitação, divergindo da posição da Procuradora-Geral da República.
Nascimento é citado em um documento apreendido pela PF na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), chamado “Prévia Nini.docx”. O documento é parte de uma investigação sobre o suposto envolvimento de Nicole Giamberardino e do Instituto Anjos da Liberdade com facções criminosas.
Os metadados do documento indicam que foi produzido na Câmara dos Deputados, associado ao gabinete de Nascimento. No entanto, outro documento semelhante, atribuído a Ricardo Minussi, sugere que este último seria o autor.
Apesar de as investigações sugerirem conexões entre Nascimento e o documento, a PF alega não possuir evidências suficientes para confirmar sua participação na confecção do mesmo. A busca e apreensão visam obter mais provas para esclarecer o caso.
Após a decisão de Moraes, as buscas serão realizadas nos endereços ligados a Minussi, enquanto o gabinete de Nascimento permanece isento de intervenção. Isso respalda a posição da PGR, que afirma não haver elementos suficientes para justificar tal medida, já que Nascimento não é investigado no caso.