Em entrevista à GloboNews, o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, afirmou na tarde desta terça-feira (19) que a fraude nos cartões de vacinação contra a Covid-19 e a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil estão conectados.
“Pelo que conheço dos autos, estão conectados umbilicalmente. Uma coisa ligada na outra. É a a visão da PF e do [ministro Alexandre de] Moraes”, disse a defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Cid fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), que foi homologada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Envolvidos no caso tentam atribuir a Cid a iniciativa de ter falsificado os cartões de vacinação de Bolsonaro, afirmando que ele tomou iniciativa. Bittencourt não acredita nessa versão, já que o ex-ajudante é um militar experiente.
“Cid segue as regras porque é militar. Ele não fez nada escondido de Bolsonaro. Ele não faria algo fora do que foi atribuído a ele”, afirmou o advogado.
“Comandante é quem comanda e o assessor assessora. Ele faz uma etapa complementar, auxiliando o comandante. E o Cid é experiente nisso pois foi assessor do exército. Então, tomar iniciativa de praticar determinados fatos alheios à função que ele estava exercendo, acho muito difícil, muito complicado ele ter a iniciativa de algo”, disse Bittencourt na entrevista.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais 15 pessoas foram indiciados por suposta falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.
