Cientistas da África do Sul disseram que o esquema de duas doses da vacina Pfizer tem eficácia de apenas 22,5% para proteger contra a cepa Ômicron. A informação foi obtida a partir de uma pesquisa que comparou, em laboratório, o sangue de 12 pacientes vaciados com a fórmula contra a nova cepa.
De acordo com os pesquisadores, o nível de anticorpos neutralizantes registrados contra o Ômicron foi 41 vezes menor do que aqueles encontrados contra o vírus original que surgiu na China há cerca de dois anos. Os autores do estudo pertencem ao Instituto Africano de Pesquisa em Saúde, o mesmo grupo que anunciou que a nova cepa “parcialmente” escapa das vacinas no início desta semana.
Chefe do laboratório onde a pesquisa foi realizada, o cientista Alex Sigal disse que a nova variante “compromete essencialmente a capacidade da vacina de proteger contra a infecção”. No entanto, ele lembrou que as duas doses continuam oferecendo proteção suficiente para que os vacinados não desenvolvam casos graves da doença.
Embora a pesquisa seja pequena – e, portanto, limitada – e ainda não tenha sido revisada por pares, as informações se aproximam dos dados divulgados pela própria Pfizer, reconhecendo uma queda na proteção e incentivando a adoção de uma terceira dose para a população após o surgimento de a variante Ômicron.
A Health Safety Agency do Reino Unido também verificou queda na proteção contra Ômicron para imunizados com Pfizer e AstraZeneca, mas destacou que, mesmo assim, as fórmulas atuais conseguem evitar casos graves de infecções causadas pela nova variante.
(Com informações da Bloomberg)