Milhões de pessoas foram atingidas pelo forte terremoto de magnitude 7,8, na manhã de segunda-feira (6), derrubando prédios e fazendo com que moradores em pânico saíssem em uma noite fria de inverno em países como Chipre, Síria, Líbano, Grécia, Jordânia, Iraque e em lugares distantes como Romênia, Geórgia e Egito, de acordo com o Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo. Pelo menos 100 pessoas foram mortas, mas espera-se que o número aumente, relata a Associated Press.
Equipes de resgate e moradores procuraram por sobreviventes sob os escombros de prédios destruídos em várias cidades de ambos os lados da fronteira. Em uma cidade turca atingida pelo terremoto, dezenas arrancaram pedaços de concreto e metal retorcido. Pessoas na rua gritavam para outras pessoas dentro de um prédio de apartamentos parcialmente derrubado, inclinando-se perigosamente.
O terremoto, sentido até no Cairo, foi centrado ao norte da cidade de Gaziantep, em uma área a cerca de 90 quilômetros (60 milhas) da fronteira com a Síria.
No lado sírio da fronteira, o terremoto destruiu regiões controladas pela oposição que abrigam cerca de 4 milhões de sírios deslocados de outras partes do país pela longa guerra civil. Muitos deles vivem em condições decrépitas com poucos cuidados de saúde. Pelo menos 11 foram mortos em uma cidade, Atmeh, e muitos mais foram enterrados nos escombros, disse um médico da cidade, Muheeb Qaddour, à Associated Press por telefone.
“Tememos que as mortes estejam na casa das centenas”, disse Qaddour, referindo-se ao noroeste controlado pelos rebeldes. “Estamos sob extrema pressão.”
Do lado turco, a área tem várias grandes cidades e abriga milhões de refugiados sírios.