O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, emitiu uma ordem para o afastamento do ex-chefe da divisão de homicídios do Rio de Janeiro, Giniton Lages, e do policial Marco Antonio de Barros Pinto de suas funções na Polícia Civil. Ambos estiveram envolvidos na investigação do caso Marielle Franco.
Contra Giniton Lages, estão sendo executados mandados de busca e apreensão. Durante o período do crime, ele ocupava o cargo de titular da Divisão de Homicídios da Capital. Conforme revelado pelas investigações, o delegado teria obedecido às ordens do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, com o intuito de dificultar o avanço do inquérito.
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o deputado federal pelo Rio, Chiquinho Brazão, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, foram presos. Os três serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal, localizada na Praça Mauá.
Além disso, Moraes ordenou o uso de tornozeleira eletrônica para ambos. Eles são suspeitos de terem encoberto o crime. Giniton foi designado para liderar as investigações pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, também detido.
Giniton é autor do livro “Quem matou a Marielle”, no qual revela os bastidores do assassinato da vereadora. Na obra, o delegado estabelece conexões entre o homicídio de Marielle e grupos de milícia que operam na zona oeste da capital fluminense.