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Nove meses após a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o caso ainda está cercado de mistérios e reviravoltas. Uma testemunha que acusou o miliciano Orlando Curicica e o ex-vereador Marcello Siciliano como mandantes do crime agora é apontada pela Polícia Federal como “plantada” pelos reais autores do atentado.
Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, preso como mentor do crime, e Giniton Lages, ex-delegado da Divisão de Homicídios, afastado das funções, são acusados de tentar interferir nas investigações.
Testemunha “plantada” e pressão policial
Segundo a PF, o PM Rodrigo Ferreira, “Ferreirinha”, funcionário de gabinete de Domingos Brazão, um dos presos pela morte de Marielle, foi orientado por Rivaldo a incriminar Curicica e Siciliano para desviar o foco das autoridades.
Curicica, que já estava preso quando a testemunha o acusou, nega envolvimento no crime e afirma ter sido pressionado pela Polícia Civil do Rio para assumir a autoria do assassinato. Ele relata que Giniton Lages o visitou no presídio de Bangu em maio de 2018, pedindo que confessasse o crime e acusasse Siciliano.
Ameaças e promessas de perdão
Diante da recusa de Curicica, Giniton teria ameaçado transferi-lo para um presídio federal e adicionar mais homicídios à sua conta. O miliciano também relata que o delegado ofereceu perdão judicial caso ele confessasse o crime, dizendo que “se ele aceitasse, seria o fim do caso Marielle”.
Rivaldo Barbosa, na época chefe da Polícia Civil, classificou as declarações de Curicica como “levianas” e tentativas de tumultuar a investigação. A Polícia Civil também negou as acusações, afirmando que a conduta de Rivaldo sempre foi pautada pela honestidade.