O empresário Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, está enfrentando cobranças judiciais após ter feito uma promessa de dar US$ 1 milhão em um desafio. Durante uma entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan, em março, Marçal afirmou que pagaria a quantia caso fosse encontrado algum processo movido por ele “contra alguém” por “qualquer coisa”. Em resposta, Marçal confirmou estar envolvido em ações judiciais e mencionou “intenções maliciosas” por parte dos supostos credores.
Durante a entrevista, Marçal desafiou: “Vamos fazer um desafio valendo US$ 1 milhão. Acha aí meu CPF e vê se eu processei alguém por conta de qualquer coisa. Ache um processo, eu processar… Meu amigo, ache um processo. Ache eu processando uma única pessoa”. O empresário ainda destacou que possui mais de 50 CNPJs e afirmou não ter processos, acrescentando: “A gente prospera tanto que não precisa ficar olhando para o lado, para gente otária”.
Um dos advogados que entrou com ação contra Marçal, César Crisóstomo, alegou ter ouvido a entrevista no carro e ficou curioso com o que considerou uma “fala boba” do empresário. Crisóstomo encontrou 10 processos movidos pelo empresário nos últimos anos, incluindo um habeas corpus e um processo criminal relacionado à morte de um homem durante um evento ligado ao grupo de Marçal.
Segundo levantamento do portal Metrópoles, pelo menos 19 pessoas entraram com ações contra Pablo Marçal apenas no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Entre os processos, estão alegações de “promessa de recompensa” e pedidos para executar “título extrajudicial”.
Em resposta ao portal GLOBO, Marçal afirmou que “houve sete decisões judiciais que negaram prosseguimento a essas ações, e o mesmo ocorrerá com as restantes, incluindo uma que foi negada em julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo, em sede de recurso”. Ele atribui as cobranças a “intenções maliciosas” de terceiros.
Marçal também esclareceu que sua declaração durante o programa de rádio e televisão referia-se a processos de natureza privada, seja pessoalmente ou em relação às suas empresas. Ele alega que as acusações em curso são resultado de indivíduos com “intenções maliciosas”, buscando distorcer os fatos para enriquecimento ilícito. Todas as ações citadas, segundo ele, ocorreram durante o período em que esteve envolvido em ações políticas na campanha presidencial de 2022, atuando como candidato e não como pessoa física.
