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Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) trouxe à tona informações relevantes sobre as movimentações financeiras do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, que é tenente-coronel do Exército. De acordo com o documento, entre julho de 2022 e janeiro de 2023, Cid movimentou expressivos R$ 3,2 milhões em transações realizadas em uma agência do Banco do Brasil em Goiânia, situada a aproximadamente 200 km de Brasília.
As movimentações financeiras de Cid, somando R$ 3.252.616, estão registradas no relatório do Coaf, e ele se encontra sob custódia desde 3 de maio. O militar está sendo investigado por sua possível participação em um esquema de fraude envolvendo cartões de vacinação, além de estar associado a uma tentativa de golpe de Estado. Também é objeto de investigação o caso das joias supostamente recebidas pela família Bolsonaro da Arábia Saudita, bem como o episódio dos atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro.
Ao longo do processo, Mauro Cid já prestou seis depoimentos à Polícia Federal, sendo que em 30 de junho ele falou, pela primeira vez, durante uma oitiva que se estendeu por quase quatro horas, sobre as invasões aos prédios dos Três Poderes, localizados em Brasília.
A defesa de Mauro Cid emitiu um comunicado informando que se manifestará no processo.
Todas as movimentações financeiras do tenente-coronel Mauro Cid, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal”, afirma um trecho da nota.
