O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, prometeram, em nota conjunta, nesta quinta-feira (14), impedir o Irã de obter armas nucleares.
O acordo demonstra a unidade de aliados há muito divididos sobre a diplomacia com Teerã.
A medida, parte de uma “Declaração de Jerusalém” que coroa a 1ª visita de Biden a Israel como presidente, ocorre depois que o americano disse a uma emissora de TV local que estava disposto a usar a força contra o Irã caso desenvolvesse armas nucleares e este fosse “o último recurso”.
A declaração acomodou os pedidos de Israel a potências mundiais por uma “ameaça militar credível” contra Teerã.
Há anos, tanto os EUA quanto Israel fizeram declarações sutis sobre uma possível guerra preventiva com o Irã – que nega estar tentando desenvolver armas nucleares. No entanto, se têm capacidade ou vontade de cumprir isso ainda não está claro.
A declaração desta quinta-feira, divulgada à mídia antes de uma cerimônia formal de assinatura, reafirmou o apoio dos Estados Unidos à vantagem militar regional de Israel e à capacidade “de se defender sozinho”.
“Os Estados Unidos enfatizam que parte integrante dessa promessa é o compromisso de nunca permitir que o Irã adquira uma arma nuclear e que está preparado para usar todos os elementos de seu poder nacional para garantir esse resultado”, acrescentou o comunicado. Não houve comentários imediatos de Teerã sobre a nota.
Em 2015, o Irã assinou um acordo internacional limitando seus projetos nucleares com potencial de fabricação de bombas. Em 2018, contudo, o então presidente americano Donald Trump desistiu do pacto, considerando-o insuficiente – uma retirada bem-vinda por Israel.
Desde então, o Irã aumentou algumas atividades nucleares. Israel agora diz que apoiaria um novo acordo com cláusulas mais duras. O Irã se recusou a se submeter a novas restrições.
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