O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que busca a reeleição nas próximas eleições de novembro, fez uma dura advertência durante as primárias da “Super Terça-feira”, apontando que seu possível adversário, Donald Trump, está determinado a “destruir” a democracia nos Estados Unidos.
Trump “está determinado a destruir nossa democracia, eliminar liberdades fundamentais como a capacidade das mulheres de tomar suas próprias decisões sobre cuidados de saúde e aprovar mais bilhões de dólares em cortes de impostos para os ricos, e fará ou dirá qualquer coisa para alcançar o poder”, afirmou Biden em um comunicado divulgado por sua equipe de campanha.
Biden também destacou a participação maciça dos eleitores na recente jornada eleitoral, interpretando-a como um sinal claro da disposição do povo em combater o que ele descreve como o “plano extremo” de Donald Trump.
“Hoje, milhões de eleitores em todo o país fizeram ouvir suas vozes, demonstrando que estão prontos para lutar contra o plano extremo de Donald Trump para nos fazer retroceder”, expressou o presidente democrata por meio de sua conta nas redes sociais.
Ele também insistiu que “cada geração de americanos enfrentará um momento em que terá que defender a democracia”.
“Esta é nossa luta”, afirmou.
Biden viu sua candidatura à presidência deste ano fortalecida com vitórias na super terça-feira, que enfatizam ainda mais que ele avança sem rivais democratas em direção às eleições de novembro.
Quinze estados e um território foram às urnas e em nenhum deles houve surpresas: a mídia do país o projetou como vencedor pouco depois do fechamento das respectivas seções eleitorais.
Os democratas atribuíram com esta convocação um total de 1.420 delegados. Biden chegou a este encontro com 206, já conquistados na Carolina do Sul, Nevada e Michigan, e precisa alcançar os 1.968 para garantir sua indicação na convenção de seu partido em agosto deste ano em Chicago.
Os primeiros estados a fecharem as seções eleitorais na terça-feira foram Vermont e Virgínia, na costa leste, e em ambos os estados Biden obteve quase 90% dos votos: 88,8% no primeiro caso e 88,9% no segundo.
Em comparação, a autora de livros de autoajuda Marianne Williamson obteve 7,6% dos votos em Virginia e o terceiro concorrente, Dean Phillips, 3,4%, enquanto em Vermont a primeira obteve 4,2% e o segundo 3,2%, de acordo com projeções com menos de 30% dos votos contados.
Em Alabama, que atribui 52 delegados, com 23% dos votos contados, Biden conquistou 90,5% dos votos, mas o voto em branco ficou em segundo lugar, com 5,1%, seguido por 4,4% de Phillips, segundo as projeções da CNN.
Em Tennessee, onde sua vitória também foi incontestável, com 95% dos votos contados, com 38% de apuração, o voto em branco obteve 3,8% dos votos, enquanto no Colorado, onde venceu com 84,8% dos votos, com 82% de apuração, o voto de repúdio ficou em segundo lugar com 7,1%, à frente de Phillips (3,1%) e Williamson (2,5%).
(Com informações da EFE)
