A Meta, empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta terça-feira (23) a expansão global de sua assistente virtual baseada em inteligência artificial (IA) generativa. A ferramenta, que promete ser mais criativa e inteligente, já está disponível em 22 países, incluindo diversos da América Latina. No entanto, o Brasil, maior mercado da região, ficou de fora da lista.
A decisão da Meta de não incluir o Brasil entre os países que receberão a nova ferramenta se deve às “incertezas regulatórias locais”, segundo a empresa. Atualmente, o país discute uma lei que visa regulamentar o uso da inteligência artificial, o que tem gerado um debate intenso entre empresas de tecnologia, especialistas e órgãos reguladores.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já suspendeu alguns recursos de IA da Meta no Brasil, alegando que a política de privacidade da empresa permitia o uso de dados dos usuários para treinar seus sistemas de inteligência artificial sem o consentimento expresso dos mesmos.
IA mais poderosa e acessível
A nova assistente virtual da Meta utiliza o modelo de linguagem Llama 3.1, considerado um dos mais avançados do mercado. A ferramenta está disponível em diversos idiomas, incluindo português, e promete auxiliar os usuários em diversas tarefas, como a criação de textos e a realização de pesquisas.
A empresa destaca que a IA foi desenvolvida com foco em segurança e privacidade, com ferramentas de proteção e equipes especializadas em monitorar o uso da tecnologia.
Código aberto e futuro da IA
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, defendeu a importância do código aberto para o desenvolvimento da inteligência artificial. Segundo ele, essa abordagem garante que mais pessoas tenham acesso à tecnologia e que o poder não esteja concentrado nas mãos de poucas empresas.
“Acredito que o código aberto é necessário para um futuro positivo da IA”, afirmou Zuckerberg em carta. “O código aberto garantirá que mais pessoas em todo o mundo tenham acesso aos benefícios e oportunidades da IA, que o poder não esteja concentrado nas mãos de um pequeno número de empresas e que a tecnologia possa ser implementada de forma mais uniforme e segura em toda a sociedade.”
![](https://gazetabrasil.com.br/wp-content/uploads/2024/03/logo2.png)