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O governo federal reconheceu, na noite desta quinta-feira (2), o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul em decorrência das fortes chuvas e inundações que assolam o estado desde o final de abril. A medida, publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União, visa facilitar o acesso a recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestrutura e restabelecimento de serviços essenciais.
Até o início desta sexta-feira (3), o Rio Grande do Sul contabilizava 32 mortes e 60 pessoas desaparecidas em decorrência dos temporais. O número de vítimas representa um aumento significativo em relação às chuvas de 2023, que impactaram principalmente o Vale do Taquari.
Ao menos 154 municípios foram afetados pelas inundações, causando o desalojamento de mais de 10 mil pessoas e a necessidade de abrigos públicos para 4.645 moradores. No total, 71.306 pessoas foram impactadas pelas chuvas.
Risco de inundações em Porto Alegre e outras cidades
A Defesa Civil alerta para o alto risco de inundações em grande parte do estado, com destaque para o Guaíba, em Porto Alegre, onde o nível da água já ultrapassou os 3,6 metros e pode chegar a 5 metros ainda nesta semana. Em 1941, uma enchente histórica inundou a capital gaúcha, levando à construção de um sistema anticheias.
Embora a região central de Porto Alegre seja protegida por diques, comportas e muros, áreas como as ilhas, a Zona Sul da capital e cidades do outro lado da costa, como Barra do Ribeiro, Eldorado do Sul e Guaíba, devem ser afetadas pela cheia.
Barragens em estado de alerta e rompimento parcial de estrutura
O governo do estado emitiu alertas para diversas barragens em todo o Rio Grande do Sul. A barragem Blang, no Rio Caí, próxima a São Francisco de Paula, é monitorada de perto devido ao risco de rompimento. Outra estrutura em estado crítico é a barragem São Miguel, entre Bento Gonçalves e Pinto Bandeira.
Na tarde de quinta-feira, a barragem da Usina Hidrelétrica (UHE) 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, se rompeu parcialmente. Apesar do incidente, a água não causou um aumento significativo nos níveis dos rios das Antas e Taquari.
Vale salientar que, ao contrário das barragens de rejeitos de minério que colapsaram em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, as estruturas em risco no Rio Grande do Sul são de usinas hidrelétricas, responsáveis por represar a água dos rios para a geração de energia.