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Até o início desta sexta-feira (3), o Rio Grande do Sul havia registrado 32 mortes e 60 pessoas desaparecidas devido aos temporais que afetam o estado desde a segunda-feira (29). Diferentemente de 2023, quando a chuva foi isolada em algumas regiões, como o Vale do Taquari, desta vez, o impacto é sentido em todo o território gaúcho.
A Defesa Civil alertou para o risco de elevação das águas em grande parte das bacias hidrográficas do estado, podendo ultrapassar a cota de inundação. Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), o temporal é considerado “o maior desastre do estado” e colocou o Rio Grande do Sul em uma “situação de guerra”.
O governo decretou estado de calamidade, medida reconhecida pelo governo federal, permitindo que o estado solicite recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária e reconstrução de infraestruturas.
Além das vítimas fatais e desaparecidos, a Defesa Civil informou que 36 pessoas ficaram feridas e aproximadamente 14,8 mil pessoas foram deslocadas de suas residências, sendo que 4.645 estão em abrigos e 10.242 estão desalojadas, hospedadas na casa de familiares ou amigos. Ao todo, 154 dos 496 municípios do estado enfrentaram problemas decorrentes dos temporais, afetando cerca de 71,3 mil pessoas.
A situação é especialmente crítica em Porto Alegre, onde o nível do Rio Guaíba já ultrapassou os 3,6 metros e pode chegar a mais de 5 metros, superando a cheia de 1941. Forças de segurança, como bombeiros, Exército e agentes públicos, estão mobilizados para lidar com a situação, fechando comportas e tomando medidas de precaução.
O estado também emitiu alertas com relação a barragens em diversas regiões, como a barragem Blang, no Rio Caí, e a barragem São Miguel, entre Bento Gonçalves e Pinto Bandeira, devido ao risco de rompimento.
Além das inundações, o estado está em alerta para deslizamentos de terra, principalmente em áreas de relevo elevado, como a Serra e os vales dos rios Taquari e Caí.
Autoridades locais e federais estão mobilizadas para prestar assistência às famílias afetadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no estado para se reunir com autoridades locais e oferecer suporte do governo federal. Medidas estão sendo tomadas para antecipar recursos do Bolsa Família e do Poder Judiciário para auxiliar as vítimas das enchentes.
Os temporais no Rio Grande do Sul são atribuídos a diversos fenômenos meteorológicos, agravados pelas mudanças climáticas, incluindo correntes intensas de vento, corredor de umidade vindo da Amazônia e bloqueio atmosférico devido às ondas de calor. A previsão indica continuidade das chuvas nas próximas 24 horas, com acumulados que podem chegar até 400 milímetros, somando-se aos mais de 300 milímetros já registrados nos últimos 4 dias.