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Neste sábado (7), São Paulo será palco de uma grande manifestação organizada por políticos e militantes da direita, ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do pastor Silas Malafaia. O ato, marcado para as 14h na Avenida Paulista, tem como “pauta única” o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo de críticas pela condução de inquéritos contra aliados de Bolsonaro.
A manifestação contará com ao menos quatro caminhões de som, incluindo o de Malafaia, e a participação de diversas lideranças da direita. Entre os confirmados estão o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), autor de um pedido de CPI na Câmara para investigar Moraes; o ex-procurador Deltan Dallagnol; o juiz aposentado Sebastião Coelho; o jornalista americano Michael Schallenberger; e Marina Helena (Novo), candidata à Prefeitura de São Paulo.
Apesar do clima de mobilização, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também deve participar do evento, embora já tenha afirmado que não pedirá o impeachment de Moraes. Nunes busca apoio dos eleitores bolsonaristas em sua campanha à reeleição, competindo diretamente com Marina Helena e Pablo Marçal (PRTB). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Podemos), que apoia Nunes, também confirmou presença.
A organização do evento inclui a distribuição de 300 mil cartazes com a hashtag “#ForaMoraes” e a foto do ministro, além de slogans como “Se não pautar, vamos cassar”, referindo-se ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e “Democracy or Moraes”, em referência a uma publicação de Elon Musk no X (antigo Twitter), criticando ordens de censura.
Bolsonaro convocou o ato em 28 de agosto, por meio de um vídeo divulgado no X. Durante um evento em Juiz de Fora (MG) nesta sexta-feira (6), o ex-presidente afirmou que o protesto não é uma comemoração da Independência, mas um desafio ao “sistema”. “Vamos desafiar o sistema que eu comecei a abrir as suas vísceras há exatamente seis anos atrás”, disse, referindo-se ao atentado que sofreu na cidade em 2018.
Bolsonaro também voltou a criticar Moraes, chamando-o de “ditador” e afirmando que o ministro “faz mais mal ao Brasil que o próprio Lula”, acusando-o de perseguição à sua família. O ex-presidente relembrou o atentado que sofreu em Juiz de Fora, quando foi esfaqueado durante sua campanha presidencial em 2018.